Epicondilite medial

O que é epicondilite medial?

Também conhecida como cotovelo de golfista, a epicondilite medial é uma inflamação que afeta os músculos e tendões responsáveis pelos movimentos de flexão dos punhos e dos dedos.

 

epicondilite medialApesar do que o nome popular sugere, o problema não ocorre somente em praticantes de golfe. Pessoas que executam movimentos repetitivos com as mãos e com os braços durante o trabalho ou a prática de exercícios, como a musculação ou a digitação, também podem sofrer com a inflamação da região tendinosa, desencadeando um quadro de epicondilite medial.

 

Por que o esforço repetitivo causa desgaste?

Os tendões são as estruturas responsáveis por ligar os músculos aos ossos, permitindo que movimentos naturais, como pegar um objeto ou realizar a pisada durante a corrida, ocorram. Em atividades como a digitação, a jardinagem ou a construção, onde há a exigência do trabalho constante dos braços e mãos por um longo período de tempo, podem ocorrer microtraumas nos tendões e nos músculos da região interna dos braços.

 

Quando isso se torna recorrente e frequente, os machucados se acumulam nas estruturas, que ficam sobrecarregadas e não têm tempo de se recuperar de cada impacto. Dessa forma, pode ocorrer uma inflamação no local, caracterizando assim a epicondilite medial.

 

De acordo com as características do movimento, os esforços repetitivos também podem causar outros tipos de lesão, como a epicondilite lateral.

 

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Causas e sintomas da epicondilite medial

Por que ocorre?

epicondilite medialA epicondilite medial se desenvolve em resposta ao esforço repetitivo ou excessivo das estruturas responsáveis pela movimentação das mãos e punhos, que causa lesões e inflamação nos tendões e músculos.

 

Um esforço pontual na região também pode desencadear este quadro clínico. Situações em que o cotovelo ou o antebraço são forçados a realizar movimentos bruscos, como ocorre ao lançar a bola no jogo de golfe, podem danificar as estruturas locais e causar a ocorrência da lesão. Essas situações também podem desencadear incômodos em outras regiões, como nos ombros e na clavícula.

 

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Questões anatômicas, como desequilíbrio muscular ou falta de flexibilidade muscular também aumentam as chances de ocorrer a epicondilite medial. Outro fator relevante é o avanço da idade, já que com o passar dos anos e a fragilização das estruturas, há mais chances de ocorrer tais ferimentos. A prevalência desse quadro é maior em pessoas de 45 a 55 anos de idade.

 

Quais são os sintomas da epicondilite medial?

A epicondilite medial causa uma dor de intensidade variável que é mais notável no lado interno do cotovelo. Ela também pode se irradiar para a região do punho, dificultando a movimentação dos dedos e das mãos. O incômodo piora quando o membro está esticado ou quando ocorre a tentativa de realizar movimentos rotativos no pulso, como ao parafusar alguma coisa, por exemplo.

 

A sensação de rigidez no cotovelo também pode estar presente, tornando complicada a tarefa de estender o braço. Além disso, a sensação de fraqueza nas mãos ao tentar segurar objetos e a presença de formigamentos podem ser notadas e interferir no cotidiano do indivíduo.

Diagnóstico e tratamento da epicondilite medial

Como é o diagnóstico?

diagnóstico da epicondilite medialO diagnóstico para a epicondilite medial é feito através da avaliação clínica realizada por um médico ortopedista. A dor ou a dificuldade para flexionar o cotovelo e o punho são os mais fortes indicativos dessa lesão.

 

Exames de imagem, como ressonância magnética e a ultrassonografia, podem ajudar a esclarecer os casos em que há dificuldade no diagnóstico e também auxiliam o acompanhamento da evolução do quadro.

 

Como tratar a epicondilite medial?

O tratamento da epicondilite medial geralmente não exige cirurgia e as abordagens adotadas devem ser definidas individualmente de acordo com as características específicas de cada caso. É comum que os objetivos gerais dos procedimentos sejam reduzir os incômodos no local e recuperar a função e condicionamento da musculatura afetada.

 

epicondilite medialPrimeiramente, após uma crise aguda de dor, é recomendado que o paciente fique em repouso e não execute movimentos repetitivos. A longo prazo, o tratamento inclui a mudança de hábitos durante a prática esportiva ou de movimentos constantes que podem desencadear uma nova ocorrência de epicondilite medial. A utilização de aparelhos que melhoram a estabilidade das mãos, punhos e cotovelo e permitem uma movimentação natural também são agentes que contribuem para a recuperação.

 

Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular e tendinoso fazem parte do tratamento e sessões de fisioterapia são necessárias para uma recuperação eficiente.

 

O uso de compressas de gelo ajuda a controlar a inflamação e diminuir quadros dolorosos. O médico especialista também pode recomendar medicamentos tópicos antiinflamatórios de uso oral.

 

Quando o incômodo permanece por mais de 6 meses, o especialista pode indicar a aplicação de medicamentos injetáveis no local da dor e a adoção de terapias alternativas para complementar o tratamento.

 

Somente em casos em que o tratamento não invasivo não gera resultados suficientes é que a cirurgia reparadora pode ser considerada.

É possível prevenir a epicondilite medial?

Tanto indivíduos que já apresentaram quadros de epicondilite medial quanto pessoas que querem se precaver o desenvolvimento dessa inflamação podem adotar hábitos saudáveis para evitar o quadro. Se possível, recomenda-se adaptar o ambiente de trabalho ou a prática que envolve movimentos repetitivos para evitar ao máximo o ocasionamento de lesões.

 

alongamendo dos braçosAlém disso, é importante realizar uma sessão de alongamento nos braços, punhos e dedos e adicionar exercícios de fortalecimento da musculatura local à rotina diária. Esse hábito prepara os músculos e tendões para os possíveis impactos e reduz a chance de danos e lesões.

 

Por se tratar de um problema que afeta principalmente praticantes de atividades físicas e trabalhadores que usam muito os braços, mãos e dedos, estes devem tomar um cuidado especial e se atentar à forma correta de segurar determinados objetos e aparelhos que são exigidos durante a execução da atividade.

 

Como os sintomas podem se desenvolver aos poucos, o acompanhamento com um profissional também é essencial para obter orientações e otimizar as atitudes de prevenção.

Você tem epicondilite lateral?